O dia da mulher tem o rosto de Yelena Osipova, e de todas nós!

Eu adoro pesquisar e conhecer a história das coisas!

Nesse dia 08 de março, dia internacional da mulher, recebi um café da manhā delicioso na cama, com felicitações pelo meu dia, e continuei recebendo mensagens de carinho pelo nosso dia.

Então resolvi pesquisar o por quê de este ser o dia internacional de nos afirmarmos como mulheres, de nos sentirmos orgulhosas por sê-lo.

E me surpreendi! O dia 08 de março é um marco definido pela ONU em 1975, relacionando este dia com a greve de operárias russas em 1917.

Em tempos de guerra declarada pela Rússia contra a Ucrânia, a história desta data nos remete justamente a milhares de mulheres, que, em 8 de março de 1917, se reuniram em protesto na Rússia reivindicando melhores condições de trabalho e de vida, contra a fome e a Primeira Guerra Mundial!

Parece que estamos revivendo o momento! Fui pesquisar sobre a situação das mulheres no atual conflito, e, novamente, encontrei situações relacionadas a mulheres, como violências de todo tipo, relatos de estupro por parte dos soldados russos contra mulheres ucranianas, protestos de mulheres russas se posicionando contra a guerra, contra as armas nucleares e implorando para preservar a vida dos seus filhos e de outras mulheres. Uma fala me deixou especialmente emocionada: “Os políticos que fazem essa guerra são homens que não geraram crianças, não as amamentaram nem as viram crescer. Ninguém pergunta a uma mãe se ela concorda que o filho vá para a guerra. Isso é uma tragédia”. Para as mulheres e homens que se posicionam contra a guerra, prisōes estão sendo decretadas para calar a voz de quem não concorda com tudo isso. Felizmente, após muitos protestos de mães russas chorando por seus filhos, o governo ucraniano libertou os soldados que haviam sido presos, com a condição de que fossem embora, encontrar suas mães.

Do outro lado dos conflitos, mulheres ucranianas lutam para sobreviver e para salvar seus filhos, sua identidade e seu país. Pesquisando, encontrei relatos de muitas mulheres que se recusam a deixar o país e vão, ao lado dos homens, participar dos batalhōes. Outras participam da luta por sobrevivência, buscando cruzar fronteiras atrás de refúgio, encabeçam movimentos para conduzir crianças, idosos e pessoas com deficiência em busca de um direito básico: a vida!

Outras ainda participam de protestos silenciosos, empunhando cartazes e buscando levar um pouco de consciência no meio deste conflito. Algo que me tocou fundo foi a imagem de uma mulher de 77 anos, que, ao empunhar cartazes em protesto contra o ataque russo à Ucrânia, expressou a sua força e resistência feminina. O nome da ativista é Yelena Osipova, sobrivivente do cerco nazista a Leningrado, na Segunda Guerra Mundial, e, em 2022, com seu corpo fragil e arqueado, ela carregava em uma mão uma placa pedindo PAZ, e na outra, pedia pela destruição das armas nucleares para evitar uma terceira guerra mundial. Os policiais do batalhão de choque de São Petersburgo forçaram Yelena a entrar em um camburão e interromper o protesto. ELA NÃO SOLTOU OS CARTAZES!

Antes ainda do protesto das mulheres russas, em 1917, muitos acontecimentos reforçam a luta das mulheres para acabar com jornadas de trabalho, salários e condições de vida muito inferiores às dos homens, além de não ter direitos básicos garantidos, como em 1908, na greve de mulheres operárias na fábrica de camisas Triangle Shirtwaist Company, em Nova York. Nesta mesma fábrica, em 1911, em um grande incêndio no prédio perigoso e decadente, cerca de 500 mulheres foram atingidas, havendo 146 mortes (apenas 20 eram homens), em sua maioria imigrantes judias lutando por sobrevivência, e meninas com idades por volta de 14 anos.

É impressionante que toda a nossa história venha acompanhada por luta, por força, por precisar do dobro (triplo,…) do esforço para conquistar os direitos e condições dignas.

Falando em Brasil, as agressōes se perpetuam, tendo como exemplo: as falas repugnantes do deputado estadual paulista Arthur do Val, que, ao ir para a Ucrânia, mandou áudios para amigos com falas sexistas e misóginas, como quando disse que as mulheres olham para os homens, e são “fáceis porque são pobres”. Tais falas vazaram, e o autor ainda se defendeu dizendo que “quando falou isso estava sendo um moleque”. OI? Ainda alega tais absurdos dizendo ser falta de maturidade e continua, se dizendo injustiçado pela possível cassação de seu mandato!

A violência ao corpo feminino, ao pensamento e aos direitos das mulheres, proferidas com tanta “normalidade”, a nossa luta diária para ocupar todos os espaços, por não termos limites definidos por outrem, para apenas SER, é o que deve ser relembrado neste dia, confirmando esta como uma data de reflexão e de honrar a luta de tantas mulheres que, antes de nós, lutaram tanto e que continuam. Continuemos juntas, até todas poderem colher os frutos das nossas lutas.

Júlia Schuch

Biomédica Esteta – CRBM-5: 5339
Publicado dia 08/03/2022
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